Quando e como eu descobri que era portador da Síndrome de Parkinson




sexta-feira, 5 de abril de 2013

A minha Medicação e seu Desempenho no Organismo II



No dia 09 de agosto de 2010, a matéria “A minha medicação e seu Desempenho no Organismo” foi postada.
Ao longo destes quase 3 anos, percebo que é umas das páginas de maior visualização do blog. Percebo também que é o momento de atualizá-la porque, em qualquer tratamento com medicamentos de uso contínuo, é necessário retornos constantes aos profissionais dos quais o paciente é assistido, obrigando-me a realizar um Up grade na página. Em face da sua elevada consulta pelos pesquisadores, vou manter o título, portanto classificando-a com o algarismo II.
Recomendo a leitura também da página “O efeito dos Medicamentos no Organismo”, porque é uma página complementar, e pode auxilia-lo naquilo que você busca.
Recentemente recebi uma mensagem me questionando, se decorridos estes quase 3 anos, ainda continuava com o mesmo receituário.
Transcrevo a questão(sic), para que sirva de balizamento para os companheiros parkinsonianos e pesquisadores.
“Hj pesquisando na internet sobre o mal de Parkinson, acabei achando o seu blog sobre a doença.
Olhando o Blog eu vi que alguns anos atras precisamente em 2011 vc postou sobre a dosagem de prolopa e Comtan,
Não sei se vc ainda toma nessa dosagem de 3 em 3 hrs das 8 as 17, e depois as 22 vc tomava o prolopa HBS.
Meu pai tem o mesmo problema do parkinson, e ele toma os mesmo remedios que o Sr. O prolopa 200/50 o Comtan e o Dicloridrato de
pramipexol 0,25 se não me engano eh o generico do sifrol, ele só não toma o Prolopa HBS. Mais a minha duvida é a seguinte.
Nesse intervalo das 17:00 da tarde as 8:00 da manha o Sr fica com os sintomas no caso tremendo ou não, consegue ficar sem tremer até o
dia seguinte. até a primeira hora para tomar a primeira dosagem, e tambem quero saber quanto tempo dura o remedio no intervalo de uma dosagem pra outra. pq meu pai toma tipo: 8 hrs leva mais ou menos uns 35, a 40 min pra fazer o efeito e depois o efeito do remedio dura em torno de 1hr a 1:30, e a dosagem dele estava de 4 em 4 hrs o tempo todo até a noite, pq se não ele não consegue dormir.
Se poder me ajudar nessa duvida vou ficar mto agradecido pela atenção..
Sem mais...
Alex Alves..”
Para ilustrar esta questão, acabei de ler uma reportagem sobre o Parkinson no Diário da Manhã de Goiânia, e acho pertinente agregá-la a esta narrativa.
A manchete de Capa do periódico era Parkinson – Eletrodos anulam efeitos do Mal. (02 de abril, cidades, pg 2, 2013).
Da reportagem pinsei um trecho para que também sirva de reforço para que o leitor entenda melhor o que irei relatar.
... O perfil dos pacientes selecionados para receber o eletrodo são os que já não apresentam melhoras com o uso do medicamento ou que desenvolveram efeitos colaterais.
“No começo a dopamina (substância utilizada no tratamento) funcionava muito bem, mas depois começa a apresentar efeitos colaterais, que são os movimentos involuntários”.
Algumas vezes, eles são mais incapacitantes do que os próprios sintomas da Doença de Parkinson. “Fica uma coisa sem saída.”
A perda de funcionalidade do remédio ocorre depois de cinco a dez anos de uso.
Continua dizendo -... Tomava a medicação de duas em duas horas e, para evitar que perdesse o efeito, não podia me alimentar. Estava para definhar de fome.
Este aludido texto corrobora, que o uso continua do Prolopa (levodopa princípio ativo), o principal remédio, entre todos os outros administrados, que é confirmado pelo laboratório a sua eficácia, conforme a evolução da doença ao longo do uso do medicamento.
O link a seguir, o pesquisador pode visualizar,on line, tudo o que ele precisa saber sobre a doença, baseado em pesquisas cientificas
O que proponho é o compartilhamento do meu estado de saúde, devido ao Mal de Parkinson e suas consequências no meu organismo, e, como reajo perante às drogas.
Em geral, após 20 a 30 minutos da tomada da medicação, o efeito antiparkinsoniano começa a aparecer. Alguns fatores, como a dieta, podem retardar o início do efeito terapêutico. A duração do efeito de cada dose também é variável e depende, entre outros fatores, do estágio da doença. Nas fases iniciais, quando ainda existem células cerebrais capazes de funcionar como "depósitos", e armazenar a dopamina produzida pela levodopa, cada dose pode ser eficaz durante mais de 6 horas de modo que duas a três tomadas por dia podem ser suficientes para o controle dos sintomas.
Nos primeiros 4-5 anos de tratamento com levodopa, os sintomas podem ser bem controlados com relativa facilidade. Após esse período, muitos pacientes começam a experimentar complicações do tratamento. À medida que a doença progride, e mais células cerebrais degeneram, o cérebro perde a capacidade de armazenamento de dopamina e a duração do efeito torna-se progressivamente menor. Observa-se então o fenômeno de "deterioração do fim da dose", em que os sintomas voltam a aparecer antes da próxima tomada da medicação. Quando isso ocorre, o médico geralmente reduz o intervalo entre as doses de modo a adequar o paciente a essa nova situação. O tempo de benefício vai sendo encurtado progressivamente ao longo do tempo, ocasião em que outras drogas devem ser utilizadas para potencializar a ação da levodopa.
Como um parkinsoniano que procura anotar, testar, confrontar... tudo o que possível, tanto a convivência com a parte medicamental, quanto a necessidade de realizar exercícios físicos, e as demais atividades conjuntas, que faz com que a doença, avance de maneira tão devagar, postergando-a o Máximo possível a sua progressão.
Com todo este meu esforço de luta, uma verdadeira trincheira aberta para me proteger, não estou imune a esta maldita doença.
Sinceramente? Levo numa boa. Não reclamo. Repetindo o que disse o Nelson Piquet, em uma de suas entrevistas, depois que o repórter, o chamou de homem “limão”, classificando-o de pernóstico, azedo, e, de difícil convívio, ele retrucou. “pois é: Este limão tem produzido boas limonadas.”
É o que procuro fazer também. Tento fazer deste limão (Parkinson) uma limonada, ou seja, transformá-la em algo que possa ser digerível. E assim sendo, posso dividi-la com vocês.
Concluo, respondendo a questão colocada acima:
Fico agradecido em apreciar o meu Blog.

 Um dos meus objetivos é repassar o meu dia a dia como parkinsoniano.

Tenho muita satisfação em trocar ideias, interagir literalmente com meus companheiros e seus familiares, no intuito, de acharmos uma saída de cura ou atenuação desse mal terrível.
Respondendo a sua pergunta, continuo ingerido a medicação da seguinte forma: 
  • Às 7hs da manhã tomo meio comprimido do prolopa( levodopa + cloridrato de benzeratida) 50/200mg e um comprimido do Comtan 200mg(entacapona – princípio ativo) 
  • Às 8:30hs tomo um comprimido do Mantidam 100mg e um comprimido do Sifrol 3mg(dicloridrato de pramipexol, contendo 2,1mg de pramipexol); 
  • Ás 10hs; às 13hs; às 16hs; 19hs tomo meio comprimido do Prolopa 50/200mg e um comprimido do Comtan 200mg. 
  • Às 19hs tomo um comprimido do Mantidam 100mg(cloridrato de amantadina). 
  • Às 22hs tomo meio comprimido do prolopa 50/200mg; 
  • Às 00hs tomo um comprimido do Prolopa 100/125mg HBS(levodopa + cloridrato de benserazida) 
Quando eu preciso, no que  chamo de "bomba", eu tomo meio ou até um comprimido do Prolopa 100/125 mg(dispersivo)(cloridrato de benserazida + levodopa) 

Para relaxar a musculatura durante a noite, e suportar o período, das 00hs até 7hs, eu tomo um, indutor do sono, comprimido do Stilnox 10mg; (princípios ativos – zoipiden) 

Até a presente data, ou precisamente, 10 anos de convivência com este mal, tenho controlado esta doença. 

Faço exercícios físicos de forma “militar’, e assim, persistentemente lutando de frente com o Mal de Parkinson”. 

Acho que respondi a sua questão. 

Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento. As informações aqui contidas foram receitadas pela equipe médica quem me auxiliam.

Estou aberto para ajudá-los, no que for possível.

Ronaldo Sales