Quando e como eu descobri que era portador da Síndrome de Parkinson




quinta-feira, 14 de julho de 2011

O efeito dos Medicamentos no Organismo

Prosseguindo com meus relatos, objetivando informar aos leitores do meu comportamento frente o Mal de Parkinson, procuro repassá-los a quem interessar, pois não acho justo ver muitos parkinsonianos dependentes dos consultórios médicos, sem que eu possa ajudá-los.
Meus relatos têm rompido fronteiras internacionais porque tento ser o mais original possível no que tange o dia a dia de um parkinsoniano obstinado, disciplinado, determinado a demonstrar que há possibilidade controlar esta doença.
Na internet, o leitor encontra centenas de sites informando sobre a doença. Contudo, mais uma vez, informo que apenas procuro divulgar o meu comportamento frente às drogas, exercícios físicos, controle do stress, qualidade de vida e consequentemente aos efeitos colaterais que surgem no meu dia a dia.
Acredito que, desta forma, esteja contribuindo para que pessoas possam fazer suas analogias. Cada um se comporta frente às drogas de forma diferente. Junto com seu médico você pode dialogar melhor, levando-lhe informações comparativas.
Postergar seu avanço é meu objetivo principal, pois há pesquisas para a busca da cura ou até mesmo de um antídoto que possa estancar este mal é uma verdade.
Porém, acredito que o poder da mente será muito importante para a minha cura. Afirmo que o poder da palavra é um componente essencial no domínio ou controle desta doença.
Há dias visitei meus médicos neurologistas para as consultas de rotina, porém um fato novo aconteceu.
O tempo de duração da medicação tem encurtado. No meu entender o organismo acostuma com a medicação e faz-se necessário, de vez em quando, rever a dosagem.
Como eu tenho dito, há a necessidade concatenar exercícios físicos nas suas diversas modalidades, procurando aqueles que mais se adaptam a você.
Devo lembrar que alongamentos diários são de vital importância, que muitas vezes, em minha opinião, superam, em muito, alguns exercícios aplicativos.
Retomei com o tênis, mas tive que comprar uma raquete mais leve, objetivando evitar contusões.

Lembre-se que a nossa musculatura não é a mesma de antes. Ela é menos elástica. Se tentar forçar, por demais a musculatura, o tiro poderá sair pela culatra, ou seja, ao invés de ajudar, piora, e se ficarmos em demasia tentando tratar dos estiramentos, com certeza atrofiará o conjunto da nossa musculatura. Todo cuidado é pouco.
Disse, a pouco, que tenho me queixado do encurtamento do tempo de duração da medicação. Pois é, foi necessário mudar a medicação.
Vários fatores levaram-me a essa mudança!
Primeiramente, o organismo acostuma com a medicação, pois a rotina, com o uso continuado dos medicamentos, pode diminuir ou até mesmo cessar o efeito do seu poder contra a doença. É necessário driblar o organismo. Trocar de princípio ativo e mudar a rotina dos horários em que a consumimos a droga pode ser importante.
Em 09 de Agosto de 2010, postei no blog, “A minha Medicação e seu Desempenho no Organismo”.
Tenho notado pelas estatísticas que o blog me fornece, que há um grande interesse do leitor neste contexto.
Então, relato que houve uma mudança drástica na medicação e será de vital importância divulgá-la. 

Em 05 de maio de 2011, meu médico receitou-me uma nova composição: 

Medicamento
mg
Qtd
Ao dia
Horários (h)
Prolopa
200/50
½
03
08 -11- 16
Comtan
200
01
03
06 -11 -16

 Obs: É necessário tomar Contan juntamente com o Prolopa 200/50. Se por acaso deixar de tomá-lo, por esquecimento, jamais o tome isoladamente. Ele só faz efeito conjugado com o prolopa.
Medicamento
mg
Quantidade
Ao dia
Horários (h)

Sifrol ER
3
01
01
Após café manhã
Efeito Prolongado
Mantidan
100
-
-
-
-
Prolopa
100/25
01
01
22h


 Mantidan 100 – Tive que parar de tomá-lo, sob orientação médica, pois seu efeito no organismo foi comprometido, pelo seu uso contínuo.
Meu organismo demorou a ajustar-se com esta nova medicação. Após algumas horas, não mais que três horas, a brascinesia se manifestava acentuadamente.
Telefonei para o médico informando o ocorrido e acabamos por adicionar mais uma dose do (Prolopa+Comtan). 

Medicamento
mg
Quantidade
Ao dia
Horários (h)

Prolopa
200/50
½
4
8 – 11 – 14 – 17

Comtan
200
4
4
8 – 11 -  14 - 17

Sifrol ER
3 mg
01
01
Após café manhã

Prolopa HBS
100/125
01
01
22h


Já havia comentado, em postagem anterior, que a proteína mascara o efeito do Prolopa. Afirmo categoricamente! Mascara mesmo.
Retirei completamente a carne vermelha. Acertei na mosca. A melhora foi acentuada.
Uma coisa precisa ser dita.
O horário para tomar a medicação deve ser concatenado com seu perfil, quanto às suas atividades diárias, desde que respeitando os intervalos determinados pelo seu médico.
Assim sendo, procurei me adaptar à nova medicação nos seguintes horários e da seguinte forma: 
- 7hs30mim: Levanto-me e tomo dois copos de 250 ml de água pura. Evitar sucos, café ou outro líquido. Água mesmo. H2O.
É para limpar o organismo. A medicação é muito forte. A urina fica com uma cor amarelo escuro e devemos satisfazer o pedido dos nossos rins, fígado, pâncreas, pois todos os esses órgãos processam as drogas. Droga na essência da palavra.
- Às 8h tomo o prolopa 200/50 + o Comtan 200. Somente a partir de 45min após sua ingestão é que faço meu desjejum.
Preparo uma salada de frutas, adiciono granola, uma colher de linhaça triturada, mel e um iogurte.
Após essa alimentação, já transcorrida, aproximadamente, 1 hora, tomo um copo de suplemento líquido à base de soja, pois a proteína vegetal é bem menos nociva ao Prolopa.
Como duas bisnaguinhas ou cinco biscoitos água e sal - Craker.
Complemento a medicação tomando um comprimido de Sifrol ER 3,0mg de efeito prolongado.
Daí parto para meus compromissos, sem descuidar, portanto da medicação.
Para administrar melhor a medicação, procurei uma nutróloga, que analisou meu perfil quanto à alimentação e preparou uma dieta para o dia a dia, com a finalidade de distribuir melhor as proteínas. Procuro fixar as proteínas para o período noturno. Está dando certo.
Agora vamos esperar para ver como vou me adaptar a essa nova medicação e quanto tempo precisarei para alterá-la novamente.
Antes de divulgá-la no blog, estava relendo-a para a minha espôsa e ela me lembrou o que já havia escrito na mensagem anterior.
À noite é mais visível o "estrago" que a doença se manifesta.
Possivelmente, há um fator psicológico neste contexto, um certo relaxamento quanto à postura e uma despreocupação em se mostrar.
Posso até estar inferindo, mas já que alguém muito perto de mim notou, vale à pena relatar.