Quando e como eu descobri que era portador da Síndrome de Parkinson




terça-feira, 14 de setembro de 2010

“Parkinson dói?”

Nos primeiros capítulos mencionei que meu neurologista me proibiu de pesquisar sobre a doença de Parkinson. Relembrando, ele me repeliu dizendo: "Ronaldo, o médico aqui sou eu, pesquisas ficam para os laboratórios, médicos, cientistas. Paciente apenas cumpre nossas determinações".
Pensei: "Que médico mal educado!"
Mas pensando bem, se o parkinsoniano ficar pesquisando a doença o tempo todo, ele pira. Ele acaba angariando outras doenças, como a depressão e pode achar que a doença tem dimensão maior do que realmente possui.
Que a doença é brava, não tenha dúvidas. Porém é melhor relaxar, diminuir o stress e arranjar outra forma de interação. Trocar ideias com o outro, por exemplo.
Por falar em trocar ideias, eu tenho um fato para relatar.
Quando eu vou falar em público, principalmente na realização de palestras, começo parodiando um amigo quel eu o denomino de “Meu filósofo”.
Meu amigo, pergunta a um dos presentes: "Você que trocar seu celular por este meu lápis?".
O questionado entreolha este amigo e logo responde: "Não. Meu celular é mais caro que seu lápis. Desta maneira eu vou levar 'manta'!”.
Meu amigo então retruca: "Então vamos trocar ideias, assim nenhum de nós leva “manta”, não é?
Você me passa informações que eu não sei e eu lhe repasso o que você não sabe ok?".
Então é assim que procuro fazer meus relatos. Eu manifesto o que o Parkinson me afeta no cotidiano e o que eu faço para amenizar, postergar, minorar o seu impacto.
Hoje eu tenho uma informação para trocar. A partir da retomada no Tênis, relatado em “Exercitar é preciso” e também de jogar video-game Wii, eu comecei a sentir fortes dores no braço direito. É verdade que eu acabei me empolgando como se fosse um atleta de 20 anos e forcei a musculatura mais do que devia.
Hoje me encontro com dores insuportáveis no bíceps e no radio do braço direito, dificultando meus movimentos e prejudicando sobremaneira meu sono.
Obviamente que uma dor acaba desencadeando outra dor. É como se fosse um dominó. Caiu o primeiro sobre o segundo e daí para frente desencadeia uma sequência.
No blog, dores crônicas, conforme o link a seguir, eu pude perceber que “Parkinson dói”. E pode desencadear um sequencia de dores, tanto exercitando quanto permanecendo no sedentarismo. Eu digo Exercitar é preciso. São preferíveis dores se exercitando, que as dores do sedentarismo.
O enrijecimento atrofia músculos e encurta os nervos.
 Lembram-se quando eu falei sobre "a luta do emborca e do desemborca"?. A doença ordenando você a se fechar, emborcar e os exercícios físicos forçando a desemborcar.
 Pois é, se forçar mais que o necessário, há os efeitos colaterais.
Eu acabei vitima do excesso. Tem um ditado popular “devagar com andor que o santo é de barro”.
Vamos exercitar, mas com prudência.