Quando e como eu descobri que era portador da Síndrome de Parkinson




domingo, 30 de maio de 2010

Entrevista com o Neurologista Dr. Cícero Galli Coimbra

Eu já havia comentado em postagens anteriores, quando e como eu descobri que era portador da Síndrome de Parkinson, que meu neurologista disse que a possível causa da minha doença fora relacionada por stress exacerbado e a classificou de secundária, adquirida e de nível 2. A escala vai até o nível 5.
O meu blog tem como objetivo interagir com o público interessado em doenças degenerativas com ênfase especial na Doença de Parkinson, mas principalmente procurando me relacionar com os amigos, parentes e pessoas que me querem bem, das quais, direta ou indiretamente tiveram ou têm algum relacionamento comigo nesta trajetória de vida.
O homem tem, de acordo com os princípios bíblicos, contribuir com o próximo de uma maneira totalmente despojada de interesses pessoais, doando parte do que você possui. Pode ser um conhecimento para quem precisa, sem alarde. De preferência, anônimo.
É sabido que prestar-se voluntário para causas nobres a favor dos mais necessitados, estimula o seu bem-estar, levando o cérebro a renovar as ligações entre neurônios, evitando que doenças degenerativas possam se desenvolver.
Tenho como intento com este blog, o qual é linkado com outros blogs congêneres, levar aos não portadores da doença a se protegerem, aos familiares dos parkinsonianos a estimularem seus entes queridos às praticas alternativas de exercícios diversos, com o intuito de postergar o avanço do Parkinson e também porque não, levar aos pesquisadores de uma maneira geral, o modus vivendis de um portador, que a CONTROLA usando de artifícios simples, porém funcionais, já narrados em capítulos anteriores.
No dia 26 de maio, eu tive uma consulta com o descobridor da minha doença, o neurologista Dr. Luiz Fernando Martins. Ele me examinou, relembrou-se do dia em que me diagnosticou. Relembrou-se do quão péssimo eu estava. Disse taxativamente: Você conseguiu regredir a progressividade da doença, e te digo mais: “Somente nós é que sabemos desta doença”.
Saí do consultório com o coração palpitando de alegria e com uma vontade imensa de gritar para o mundo. A Doença de Parkinson é CONTROLÁVEL.
Podem os críticos, os fracos, os incrédulos acharem uma insensatez de minha parte alardear, através de um blog, que uma doença desta envergadura, tida no meio médico científico como cruel e de difícil controle, ser domada.
Chamo a atenção novamente para olharmos para dentro de nós e com toda volúpia possível gritar para você mesmo: “Eu não tenho esta doença, e se, por acaso, ela estiver instalada em algum lugar do seu corpo, que fique aí, inerte, passiva, porque eu sou forte o suficiente para controlá-la".
O objetivo desta postagem é levar uma boa mensagem aos meus leitores amigos, seguidores, anônimos e a todos que querem ter vida longa e com saúde. E para isto acontecer, terão de pagar um “preço”: Ter mais qualidade de vida, uma vida com menos stress, uma vida compartilhada com o próximo, uma vida familiar mais intensa, uma vida voluntariosa, uma vida com Deus no coração.
“Dinheiro é muito bom, desde que ele trabalhe para o meu bem-estar”.
Para corroborar com os meus atuais objetivos, eu pediria que investisse em você curtos 35 minutos. Assista um vídeo com a entrevista do neurologista Dr. Cícero Galli Coimbra, lattes.cnpq.br/0828498555941677.

 http://mais.uol.com.br/view/85r7d735pwrw/sistema-nervoso-0402336EE4B96346?types=A&

Os leitores podem encontrá-la também, no blog que sigo:       http://app-vr.blogspot.com/


A entrevista é um presente para todos nós mortais, que gostaríamos de viver nesta terra, porém com mais qualidade. Aproveitem.

sábado, 22 de maio de 2010

Jogando Tênis

Descobri que não posso ficar muito tempo sem me movimentar. Por esse motivo, escrevi um capítulo anterior chamado “Exercitar é preciso”.
Sinto muito desconforto quando gasto muito tempo à frente de um computador ou mesmo vendo TV, por mais seletivo que seja.
Tenho minhas ocupações diárias, pois como eu disse no Perfil do blog, sou também empresário no ramo de construção civil. Esta atividade me faz permanecer à frente de um computador várias horas diárias.
Estudo Inglês diariamente. Tenho professor particular para conversação e estudo regularmente na Cultura Inglesa, o que me faz despender mais horas em frente à tela.
Como Internacionalista, procuro ler livros concernentes à área que consome outras horas diárias.
Este preâmbulo é somente para corroborar a necessidade de me exercitar ainda mais, pois o Mal de Parkinson é cruel. Ele quer avançar e se você não ficar esperto, sorrateiramente ele ocupa espaços.
Descobri que meu maior dilema são os movimentos lentos. Nos movimentos rápidos eu me sinto mais equilibrado em todos os sentidos. Então, resolvi retomar uma atividade atlética, da qual não pensava mais poder exercitá-la. Jogar Tênis.
Matriculei-me numa escola de tênis e comecei, nas terças e quintas-feiras, a treinar. Surpreendentemente, me sobressai muito bem, confirmando que, nos impulsos rápidos, o Parkinson não interfere.
Procuro escrever o que sinto no dia a dia, avaliando onde e quando a doença de Parkinson ataca mais e tento reverter o desconforto.
Um dos locais que tem me causado desconforto é a cama. Percebo que mexo bastante, ou seja, eu não acho uma posição que me proporcione conforto mesmo usando dos artifícios de travesseiros ou almofadas entre as pernas e os tais travesseiros “linguiça” para alinhar a coluna através do pescoço. Acabo dormindo mal.
Jogar tênis é um resgate do passado, pois me considerava uma atleta amador. Jogava tênis, Boliche, corridas curtas e longas. Treinava correndo aproximadamente 100 km por semana. Era um hobby, uma forma de amenizar o alto grau de stress do momento, mas ao mesmo tempo uma atividade esportiva.
Por enquanto não percebi nenhum efeito colateral, que possa me impedir sua continuidade, porém, é mais uma forma de CONTROLAR a doença.
Percebo que meu intento está sendo alcançado, pois nestes últimos sete anos que convivo com o Parkinson, jamais deixei de participar de qualquer evento no qual eu sinta prazer.
Hoje sou totalmente seletivo. Procuro fazer somente o que gosto, o que me realiza, o que me dá prazer, obviamente sem ser totalmente egoísta, concatenando os meus prazeres com as pessoas que me cercam. Estas minhas verdadeiras pérolas. Apesar de possuir uma rede de relacionamento extensa, procuro pinçar dela, apenas àquilo que me faz feliz.
Para encerrar gostaria de deixar um link da música de Oswaldo Montenegro – A Lista – na qual retrata muito bem o que é ser e ter amigos. Como fazer para amá-los e quantos nos últimos 10 anos amaram você. Façam o teste.

domingo, 9 de maio de 2010

Uma viagem para renovar os ânimos

Voltei da minha magnífica viagem bem mais forte. Forte de espírito, forte de corpo, forte de conhecimentos históricos e bíblicos.
A comitiva formada por 64 pessoas, a maioria oriunda de Brasília e Rio de Janeiro e completada com participação de outras pessoas de outros estados, sob a liderança do Pastor Caio Fábio que denominou a viagem de “Caminho da Graça”.
Como internacionalista, pude constatar in loco, muito do aprendizado teórico obtido na universidade, principalmente quanto aos estreitos de Bósforo e Dardanelos, como foi dito no capítulo anterior, os quais foram palcos de guerras, principalmente para isolar a Rússia do acesso ao Mediterrâneo.
Iniciamos a viagem pela capital da Turquia, Istambul, que de acordo com os dados históricos tem aproximadamente 8600 anos, o berço da civilização humana, atestado pelo Velho Testamento; e que me sensibilizou bastante suplantando todas as minhas expectativas.
Conheci, no hipódromo, obeliscos, a estátua da serpente, obras de antes de cristo, a mesquita azul, o templo de Santa Sophia, o palácio de Topikapi, o Gran Bazar, com suas centenas de lojinhas de small gifts, o Mercado Egípcio e o mercado dos reconhecidos e apreciados mundialmente, tapetes turcos feitos à mão.
Rumamos para a cidade de Tróia, onde está uma replica do Cavalo de Tróia usado no filme de 2001, estrelado pelo ator Brad Pit. As ruínas da cidade escavadas em camadas, pois como foi demonstrada pelo guia do grupo, a cidade foi soterrada por terremotos e guerras. Até hoje nove camadas foram descobertas, ou seja, uma cidade sob a outra.
Na cidade de Kanakale, visitamos Pamukale “Montanha de algodão”, pois as rochas de calcário dão a centenas de pequenos lagos, uma cor azulada, causando um impacto inimaginável. Visitamos as ruínas da cidade antiga situada sob uma montanha, onde pode ser observada parte das ruínas em estado de conservação extraordinário.
Visitamos ruínas em Laodicéia, Pergamo, Asklepion, Efeso, Izmir. Em Efeso, conhecemos o Mercado de couro de ovelhas, onde são confeccionadas peças para as principais grifes do mundo, principalmente para o mercado Italiano. Como podem observar, até tive meus 30 segundos de fama, pois eu fui convidado a desfilar com jaquetas genuínas turcas.
Seguimos para a Jordânia, por um roteiro turístico em Amman, onde pudemos conhecer o Monte Nebo e constatar in loco, peças quase intactas de mosaicos milenares usadas nos pisos e paredes de templos e palácios. Conhecemos o tão propalado Mar Morto, no qual pessoas apenas boiam quando adentram suas águas, pois como ele está a 420 metros abaixo do nível do mar e com uma concentração alta de sal, em torno 30%, as pessoas não afundam. É uma oportunidade ímpar conhecê-lo, pois a partir de sua lama de cor negra são produzidas centenas de cremes para o corpo.
Surpresa mesmo foi conhecer a cidade de Petra. É descrito que uma civilização habitada por descendentes de Esaú descobriram a montanha, que provavelmente foi anteriormente coberta pelo mar, onde uma corrente marítima abriu uma grande fenda com aproximadamente três quilômetros de extensão, quando então foram esculpidas na rocha de cor alaranjada, templos, túmulos e monumentos com uma precisão de causar espanto.
Em Gerasa, Jordânia, constatamos monumentos extraordinários como o Arco de Adriano – um anfiteatro enorme totalmente intacto – com colunas bastante conservadas, esculpidas em mármore com detalhes excepcionais.
Ao seguirmos para Israel não podíamos deixar de conhecer Belém, na Palestina, e visitar a Igreja da Natividade que indica o local onde Jesus nasceu e erguida por Helena, mãe de Constantino.
O campo dos Pastores, onde foi visto a estrela de Belém, quando anjos anunciaram o nascimento do salvador.
Em Tiberíades, Israel, passeamos de barco no Mar da Galileia, lugar descrito pelo milagre no qual Jesus andou sobre as águas. Conhecemos o Museu da Galileia e presenciamos um barco original datado de antes de cristo.
Visitamos o Monte das Bem Aventuranças, local onde Jesus pregou o Sermão do Monte e realizou o Milagre da Multiplicação dos Pães e Peixes. Cafarnaum, Monte Carmelo, onde foi avistado Armagedom, uma planície muito próspera, rica tecnologicamente para a produção agrícola, e descrita na bíblia em apocalípse, como o local onde será realizada a batalha final, culminando com chegada do Messias.
Em Jerusalém, pudemos conhecer a réplica da cidade dos tempos romanos, quando o Imperador Herodes reinou e Jesus peregrinou e foi sacrificado.
Outra rota de visitas foi feita em Jerusalém, para conhecer o Monte Scopus, Monte das Oliveiras, a Igreja Getsemani, a Igreja Templo da Primazia, Rio Jordão, a Fonte de Gedeão, o Museu do holocausto, dentre outros.
O Muro das Lamentações tem uma aura muito positiva. Uma carga de emoção me tomou ao tocar no Muro e senti no coração o quão forte é a positividade dos rituais Judeus. Chorei copiosamente, sem nenhuma vergonha em externar a minha emoção. É uma raridade, ou talvez uma única oportunidade em estar num lugar tão mágico.
Para minha surpresa, voltando nos tempos da faculdade, pude conhecer pessoalmente uma pessoa, que por sinal foi o nosso guia em Israel, judeu nascido no Brasil, porém o Sionismo (o retorno dos judeus a Israel) retornou em 1962, ainda jovem, e lutou na Guerra dos Seis Dias por Israel em 1967, contra os países fronteiriços inimigos, que pretendiam expulsá-los. Esta foi uma Guerra histórica, na qual Israel como vencedor anexou além de Jerusalém, parte da Jordânia, Golã.
Obviamente, pude desfrutar do seu conhecimento como uma biblioteca viva e professor universitário de história, como forma de cultivar mais conhecimentos sobre a região.
Finalizando, recebi das autoridades locais um certificado autenticado como Peregrino de Jerusalém, vindo demonstrar mais uma vez que a doença de parkinson, aqui grafada em letra minúscula, não foi obstáculo para a realização de uma magnífica viagem, porém extremamente estafante seguida de uma disciplina “militar” quanto ao roteiro, pois participávamos de um grupo, chefiada por um Pastor altamente técnico, conhecedor profundo das palavras da bíblia, exigente, muito responsável e consciente que sua missão não era meramente turística, mas bíblica, objetivando encher os nossos corações com a palavra de Deus. Conseguiu. Aprendi em quase 20 dias, o que muitos não conseguiriam em dois anos de estudos em um ambiente fechado.
Voltei outra pessoa. Pude desmistificar muita coisa das religiões, me capacitando discernir pessoalmente, sem me deixar levar pelas palavras de muitos, com o intuito apenas arrebatar uma ovelha desgarrada para um templo.
E a mais importante constatação. Não há Parkinson que me curve, que me feche ou que me emborque. Irei continuar lutando e demonstrando que podemos controlar muito bem esta doença.


Mesquita Azul
Mercado dos Tapetes