Quando e como eu descobri que era portador da Síndrome de Parkinson




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Uma Viagem para não ser esquecida

No próximo mês de março, estarei realizando um dos meus sonhos. A minha formação acadêmica é Relações Internacionais, portanto sou um internacionalista. Nada mais convidativo que fazer uma viagem à Turquia, Jordânia e Israel.
Concatenar a historia lida em livros e poder estar de fato, presente, de corpo e alma, nos lugares narrados na bíblia, e poder ver detalhes que certamente enriqueceram meus conhecimentos, é realmente uma realização.
A região que iremos conhecer é com certeza uma das mais importantes passagens históricas da Terra. Na Turquia está situado o estreito de Bósforo, que separa dois continentes, o europeu e o asiático, e une dois mares, o Negro e o Mármara. As terras que o estreito divide fazem parte de um mesmo país, a Turquia. Istambul com seus três nomes ao longo de 2600 anos: Bizâncio, Constantinopla, Istambul, sendo quase 1600 deles como capital de dois dos maiores impérios que o mundo conheceu. O Bizantino e o Otomano.
Junto com os Dardanelos, o Bósforo teve grande importância estratégica na historia, sobretudo a partir do século XIX por ser a única ligação entre o mar Negro e o Mediterrâneo e, portanto, a saída natural da Rússia para o Mediterrâneo. Seu controle, como ocorreu com outros estreitos de valor estratégico, foi objeto de sérias disputas internacionais. Em abril de 1877 os russos iniciaram operações de guerra contra a Turquia, onde a questão mais importante da política externa era o poder, da influência decisiva, nos Dardanelos e no Bósforo. No Congresso de Berlim, em 1878, as potencias européias concordaram em deixar o Bósforo aberto ao trânsito comercial, mas não os navios de guerra, com exceção dos turcos. Em 1936, a Turquia recuperou o controle sobre o estreito. Em 1973, o governo turco inaugurou uma ponte de mais de mil metros que une a margem asiática e européia.
Conhecer Jerusalém é viajar no passado e tentar entender ou pelo menos conhecer de perto, uma das maiores passagens bíblicas. Canaã, a terra prometida que sempre foi disputada entre os árabes Palestinos e os judeus Israelenses.
Obviamente que iremos visitar muitas cidades históricas, porém iremos narrá-las a partir da nossa chegada.
Esta viagem, que a Vera e eu iremos fazer será um início de muitas outras, procurando com isto galgar conhecimentos, fazer o que deveria ter sido feito antes, viajar mais, e o mais importante, melhorar a qualidade de vida e fazer com que a doença não se aproveite da inércia do portador e o derrube. Como eu disse anteriormente, temos que estar sempre à frente dela, temos que controlá-la todo tempo. E uma viagem como essa, não há Parkinson que possa vencer. Repito: Eu não tenho esta doença. O que sei é que ela está à espreita, procurando uma oportunidade para me atingir. Comigo não!
Estou lendo o livro: O Declínio da Ordem Européia de Bismarck, escrito por George Frost Kennan, e nele relata muito do que escrevi acima.



Até breve.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Os primeiros passos para a instituição da Associação Goiás Parkinson

Na quarta-feira passada, dia 03 de fevereiro, demos o start para a instituição da Associação Goiás Parkinson, nome ainda em avaliação.

Apresentamos, em data show, dados sobre o que é uma associação, seu estatuto e um quadro de sensibilização para os presentes, objetivando informá-los da seriedade, importância e principalmente da responsabilidade em dirigir uma associação focada na doença de Parkinson, capaz de influenciar positivamente a sociedade para uma atitude consciente, seja através de atividades presenciais, seja através da mobilização dos indivíduos por meio da mídia e dos formadores de opinião.
Quando digo responsabilidades em dirigir uma entidade onde o foco é uma doença da dimensão do Parkinson podem-se criar, na comunidade parkinsoniana, muitas expectativas.
Há muitas dúvidas, descrenças e descompromisso quanto às associações, em especial as filantrópicas, deste país.
O que uma associação pode fazer para diminuir a dor, sofrimento, angustia, clausura do portador da doença?
O que uma associação pode fazer para apoiar as famílias, principalmente daqueles que compartilham o dia a dia do portador como esposa, filhos e pais?
Neste primeiro encontro, estavam presentes médico, musicoterapeuta, portadores da doença, familiares. Foi de grande valia para mim, pois cada depoimento corroborava para consolidar a minha premissa de que cada um tem uma historia de vida, tem um caso diferente. Efeitos e sintomas distintos. Realmente não dá para nivelar a doença holisticamente; cada um tem um Parkinson em particular.
Ficou patente a necessidade de nos unirmos para o compartilhamento dos problemas vividos pelas experiências e vitórias que podem beneficiar a comunidade parkinsoniana.
Há diversas formas de minorar os problemas desta comunidade. Basta, apenas, ter vontade e comprometimento com cada um doando um pouco de si que a Associação Goiás Parkinson será, em breve, uma realidade.
Apesar de poucas pessoas presentes, pudemos constatar que é possível a interação para criar uma associação com foco no social, no educativo, mas também no científico.
Há bons pesquisadores em Goiás imbuídos no desenvolvimento de trabalhos que buscam conhecer práticas, atitudes ou Modus Vivendi do portador da doença, objetivando interagir com seus pares em congressos, simpósios, seminários; enfim, trocarem idéias para conhecer e debater sobre os caminhos da doença de Parkinson, e quem sabe, traçar a cura definitiva.
É o que todos esperam que aconteça, pois é sabido que o avanço da tecnologia cientifica no tratamento de doenças antes incuráveis é uma realidade. Nós podemos fazer a nossa parte, disponibilizando as informações do nosso cotidiano e permitindo estudos sobre os nossos sintomas, avaliações das alterações e melhoras alcançadas.